Ruptura
Autor(a): Dan Erickson
Diretor(a): Ben Stiller
Produção: Apple TV+
Temporadas: 2
Levei 22 dias para terminar a série.
Recomendado pelo meu amigo desde o meu 7º ano em 2014, Pedro, a maioria de séries e filmes que verão aqui provavelmente foi porque ele que me disse para ver. Gostei muito da série, fiquei várias horas conversando sobre isso com ele.
Ensinamentos cenas de “Ruptura”
Essa série é cheia de metáforas sobre equilíbrio entre vida pessoal e profissional, identidade e até autoconhecimento.
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Mark chorando pela sua esposa no "externo", mas no "interno" não ter lembrança disso
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Observação: Se não nos permitimos sentir, acabamos “cortando” partes de nós mesmos.
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Prática: Permitir-se sentir emoções (tristeza, raiva, alegria) sem tentar bloquear. Anotar num diário como está se sentindo em vez de ignorar e refletir sobre sua causa.
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Helly se recusando a aceitar a vida dentro da Lumon e tentando se rebelar desde o início
Observação: Questionar sistemas, ambientes e regras que parecem injustos ou sufocantes.
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Prática: Em vez de aceitar tudo no trabalho/estudo, perguntar: “Isso faz sentido? É saudável para mim?” e, se não, buscar alternativas ou propor mudanças.
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Irving estudando minuciosamente os corredores e registros da Lumon em segredo
Observação: Buscar conhecimento é uma forma de libertação.
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Prática: Dedicar tempo para aprender algo que expanda sua visão além do trabalho (ler, estudar temas de interesse pessoal).
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Dylan segurando as alavancas para manter os colegas “despertos” no mundo externo
Observação: Coragem e sacrifício pelo bem coletivo.
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Prática: Ser solidário com amigos, colegas ou família mesmo quando é difícil. Praticar pequenos atos de coragem (defender alguém em uma situação injusta, por exemplo).
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A sala de "break room", onde os funcionários são forçados a repetir desculpas até acreditar
Observação: A manipulação e repetição podem nos fazer aceitar coisas contra nossa vontade.
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Prática: Observar discursos internos ou externos que se repetem (“eu não sou capaz”, “preciso trabalhar mais para ser aceito”) e substituí-los por afirmações verdadeiras e saudáveis.
📌 Temporada 1
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“A boa notícia é que o inferno é apenas produto da imaginação mórbida humana. A má notícia é que tudo o que os humanos podem imaginar, geralmente conseguem criar.”
— Harmony Cobel, T1E1 (“Good News About Hell”) “Talvez a verdadeira liberdade não seja escapar dessas paredes — mas ousar lembrar, mesmo quando as memórias doem demais.” — Mark — T1E3 (“In Perpetuity”)
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“A maneira mais segura de domar um prisioneiro é deixá-lo acreditar que está livre.”
— Harmony Cobel, T1E5 (“The Grim Barbarity of Optics and Design”) “É importante porque realmente é, ou porque você está dizendo que é?”
— Helly, T1E6 (“Hide and Seek”)-
“Acordei me perguntando se perder o nosso passado era realmente sobre esquecer ou se era sobre negar as partes de nós que poderiam nos tornar completos.”
— Mark,T1E7 (“The We We Are”)
📌 Temporada 2
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“Você não me valoriza. Você me teme.”
— Harmony Cobel, T2E2 (“Goodbye, Mrs. Selvig”)
Em Ruptura, a divisão é literal — mas no dia a dia, muitos de nós também fazemos pequenas rupturas internas. Fingimos que não estamos cansados, escondemos nossas dores para manter a “produtividade”, ou acreditamos que o valor de nossas vidas se mede apenas pelo desempenho.
O que a série mostra é que essa separação artificial tem um preço: quando negamos partes de nós mesmos, seja o lado mais vulnerável, mais humano ou até mesmo mais livre, criamos prisões invisíveis. O “eu do trabalho” e o “eu da vida pessoal” nunca conseguem se olhar nos olhos.
Talvez a maior lição prática seja: não dá para viver plenamente fragmentado. Se não damos voz às nossas necessidades internas, alguém — ou algum sistema — vai definir por nós o que importa.
E, no fundo, a verdadeira liberdade não é fugir da dor ou da rotina, mas reconhecer que somos inteiros, e que cada escolha fora ou dentro do trabalho molda quem estamos nos tornando.
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