O Menino do Pijama Listrado - John Boyne
Nome do Livro: O Menino do Pijama Listrado
Autor(a): John Boyne
Editora: Seguinte
Páginas: 186
Pesquisei e tem a versão em PDF: https://ima-rs.com.br/wp-content/uploads/2018/11/9o.-ano-O-Menino-do-Pijama-Listrado-John-Boyne.pdf
Ele olhou para baixo e fez algo bastante incomum para a sua personalidade: tomou a pequena mão de Shmuel na sua e apertou-a com força entre as suas. "Você é meu melhor amigo Shmuel", disse ele. "Meu melhor amigo para a vida toda."... apesar do caos que se seguiu, Bruno percebeu que ainda estava segurando a mão de Shmuel entre as suas e nada no mundo o teria convencido a soltá-la. - pg. 184
📘 Ensinamentos do “O Menino do Pijama Listrado”
Aplicações reais para o dia a dia com base nas páginas lidas
1. Empatia com os outros
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No livro: Bruno não entende totalmente a situação de Shmuel, mas demonstra carinho e amizade.
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No dia a dia: Esforçar-se para ouvir e compreender pessoas diferentes de você, mesmo quando não entende sua realidade.
Ex.: Conversar com colegas de trabalho/escola que normalmente ficam isolados.
2. Questionar injustiças
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No livro: Bruno percebe incoerências no que os adultos dizem e no que vê.
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No dia a dia: Quando notar algo errado ou injusto (um comentário preconceituoso, um tratamento desigual), não ignorar.
Ex.: Defender alguém que está sendo alvo de bullying ou discriminação.
3. Valorizar a amizade verdadeira
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No livro: Apesar das barreiras, Bruno e Shmuel cultivam uma amizade sincera.
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No dia a dia: Investir em amizades baseadas em lealdade e respeito, não em interesse.
Ex.: Dedicar tempo de qualidade a um amigo, mesmo em fases difíceis.
4. Refletir sobre preconceitos
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No livro: A barreira entre Bruno e Shmuel é criada pelos adultos e pelo sistema.
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No dia a dia: Reconhecer que preconceitos podem vir de tradições, família ou sociedade, e escolher não reproduzi-los.
Ex.: Evitar julgamentos baseados em aparência, religião ou origem.
5. Dar valor à inocência e à curiosidade
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No livro: A visão ingênua de Bruno mostra o contraste entre a pureza da infância e a crueldade adulta.
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No dia a dia: Usar a curiosidade para aprender, em vez de assumir que já sabe de tudo.
Ex.: Perguntar mais e criticar menos em situações de conflito.
6. A importância de pequenos gestos
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No livro: O simples ato de Bruno segurar a mão de Shmuel no fim tem um significado profundo.
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No dia a dia: Pequenos gestos podem fazer grande diferença.
Ex.: Uma palavra de apoio, um abraço, uma mensagem pode mudar o dia de alguém.
A leitura desse livro me trouxe reflexões sobre como as pessoas são facilmente influenciadas pelo chamado Efeito Manada — muitas vezes aceitamos uma opinião apenas porque alguém considerado "superior" acredita nela, e acabamos adotando-a como nossa também. Fiquei incomodada ao perceber que, em certos momentos, Bruno não defendeu seu amigo e parecia mais focado em expressar suas próprias ideias do que em realmente ouvir. Mesmo sendo o protagonista, a forma como ele se comunicava refletia tanto o modo como era tratado pelos outros quanto os privilégios de sua família.
O que mais me chamou atenção é que, apesar da inocência de Bruno, sua visão de mundo era moldada pelo ambiente em que vivia, mostrando como a educação e os valores familiares podem influenciar a forma como lidamos com o outro. Essa ingenuidade contrasta de forma dolorosa com a maturidade precoce de Shmuel, que, mesmo sendo uma criança, carregava nos ombros o peso da injustiça e do sofrimento.
O final impactante, como em toda boa narrativa, me fez refletir: mesmo sendo triste, ainda é belo, pois a amizade permanece. E no fim, o que é mais valioso e raro é justamente aquilo que resiste e continua. A obra me deixou a sensação de que, em meio às tragédias humanas, ainda é possível encontrar laços capazes de atravessar muros e diferenças impostas.
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